Família Coelho de Mendonça: 10.2006

Família Coelho de Mendonça

Caminhando de Andradas à Poços de Caldas... A história da família Mendonça.


Inauguração de São José da Cachoeira

Igreja de São José da Cachoeira - reformada.


20 de Abril de 1.923



O largo da pequenina povoação de S. José da Cachoeira achava-se todo limpo e as três únicas casas que havia, erguiam-se majestosas na colina, ostentando a sua igrejinha alva, símbolo da religiosidade do bairro. À esquerda de quem sobe a praça, existia um rancho recoberto de sapé onde, logo após, havia uma pilha de madeira cerrada que fazia as vezes bancos em dias de terço. Era neste rancho onde se fazia leilões de assados com a finalidade de angariar fundos para a construção da igreja. Os terços eram rezados ao pé do cruzeiro, já que a igreja ainda não havia sido entregue ao povo. Uma outra galinha ciscava o terreno do largo, carpido de novo. O sol declinava lentamente, iluminando com laivos de púrpura e ouro os píncaros das serras fronteiriças a povoação. De repente, um trole aparece na curva da estrada e começa a subida da praça até a frente da casa do Sr. José Gualda Garcia. Era o tão esperado padre Antônio d’Almeida que chegava de Caracol para inaugurar a pela e ali celebrar a primeira missa, que seria realizada no dia seguinte.
Eram festeiros, os Srs. José Coelho de Mendonça, que, por se encontrar adoentado, foi substituído pelo seu filho, José Coelho de Mendonça Júnior, e Antônio José Batista, este residente no bairro Córrego Fundo. Também era do Córrego Fundo a banda que tocava no rancho, alegrando a moçada. E, assim, muita gente foi chegando. Homens, mulheres e crianças que queriam ver a bênção do sino, que se deu às 18 horas. Às 21 horas teve início a reza, que esteve concorridíssima. Tantos eram os fiéis a marcar presença que a pequenina igreja não pôde comportar a todos, ficando a metade do lado de fora. O dia 21 amanheceu festivo. Já ao alvorecer, a banda de música rompeu o silêncio com um lindo dobrado e os estampidos de 21tiros de bateria ecoaram pelas montanhas, despertando vizinhos, assustando animais. Súbito ouviu-se o primeiro toque do sino naquela manhã. As pessoas quedaram-se ao seu som, com a alma alegre. E aos poucos foram chegando para a festa. Um automóvel resfolegante apareceu na curva da estrada, trazendo convidados para a missa. Próximo da casa do Sr. Henrique de Freitas, foram se agrupando trole e vários cavaleiros. Crianças barulhentas brincavam pelo largo, saltitantes, irrequietas...
Finalmente chegou a hora esperada: 10 horas. E teve início a cerimônia religiosa. Primeiramente, foi batizada a imagem de São José, que havia sido levada na véspera, conforme encomenda da Comissão Organizadora. Foram padrinhos da imagem: Vereadores da Câmara Municipal de Caracol, Felisberto Ribeiro e Luiz Augusto de Melo; negociante Henrique José de Freitas, José Gualda Garcia e Francisco Valim; José Coelho de Mendonça, Casimiro Luiz de Pontes e João Moreira da Silva. Em seguida à benção da imagem, foi celebrada a santa missa e , logo após, os padrinhos assinaram a ata na residência do Sr. José Gualda Garcia. Foi só então que começou o leilão de prendas animado pela banda de música, quanto no ar estouravam foguetes. Os batizado (em número de treze), foram realizados às 13 horas e , Às 15:30, o sino fazia a última chamada para a procissão. Quando esta terminou, estrondosas baterias ecoaram, estremecendo a terra, ensurdecendo. Horas mais tarde, o povo sorridente retirava-se de São José da Cachoeira, qual ovelhas mansas, caminhando prazerosas, ladeando a estrada.Estava inaugurada a igreja do povoado sob a proteção de São José. H




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